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Jo 20, 1-9

1No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro.

2Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!

3Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.

4Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.

5Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.

6Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.

7Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.

8Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.

9Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos.


HOMILIA NO DOMINGO DE PÁSCOA

Queridos irmãos e irmãs, especialmente todos que nos acompanham nesta missa de Páscoa, por meio desta transmissão via facebook.

            É uma alegria celebrarmos a Páscoa do Senhor, e por mais que estejamos em uma condição em que enfrentamos uma pandemia, é preciso celebrar com o Cristo vivo e ressuscitado.

            Que bela a expressão que podemos utilizar várias vezes ao longo deste dia, ao iniciar a celebração fazia referência ao salmo que cantamos e que a pouco repetimos. “Este é um dia em que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemo-nos”.

            Para nós, cristãos, que cremos que Cristo venceu a morte e ressuscitou, não pode haver motivo de tristeza. Enfrentamos sim uma dura provação, não só nós, mas o mundo inteiro, mas com condição de descobrirmos uma luz.  O Senhor nos presenteou e muitos de vocês perceberam durante a própria liturgia da palavra, que o sol que vem do alto, o sol nascente, nos visitou e veio se abrigar junto a este presbitério.

            Quero fazer esta referência ao sol porque é um grande astro, mas o maior de tudo, o que mais podemos perceber na luz do sol, é o Cristo enquanto luz que é muito mais que este brilho.

O sol que brilhava, talvez de alguma forma tínhamos que num ato de humildade fechar um pouco os olhos, por que não conseguíamos contemplar de maneira sublime e nem conseguíamos vê-lo com os olhos completamente abertos. Assim acontece no sentido de estarmos sempre em uma comunhão com o Cristo, sabemos que ele enquanto sol nascente ou como um grande sol vem a brilhar em nosso meio. Vem a brilhar também em nosso coração, e com um gesto de muita humildade, muitas vezes precisamos referenciar e reconhecer que Cristo está vivo e ressuscitado.

O brilho do Cristo é um brilho maior do que o do sol.  Faço uma referência ao sol porque é um grande astro, mas quando falamos no brilho da ressurreição, logo precisamos perceber que este brilho não pode passar. O brilho do Cristo ressuscitado que vem até nós e invade o nosso coração precisa permanecer, este brilho do Cristo que venceu a morte, venceu o mundo, e ressuscitou.

            Quando contemplamos este vitral que nos acompanha na história deste santuário e percebemos a grandeza do sol que brilhava e continua a brilhar, agora de uma maneira um pouco mais branda, eu tenho certeza de que cada espaço preenchido, cada centímetro deste vitral que contém tanto suor, tanto esforço de pessoas que ajudaram para que esta realidade acontecesse por meio do sol, do Cristo, recebeu um brilho especial.

             Este brilho não pode passar! É a luz do Cristo ressuscitado que celebramos todo domingo, verdadeira Páscoa do Senhor. No momento a maioria dos cristãos não pode celebrar dentro de um templo sagrado, mas quando voltar, e voltará se Deus nos permitir, tudo ao normal, teremos a oportunidade de nos encontrar em comunidade, diante do Cristo vivo e ressuscitado.

            Como é bom perceber o carinho que Deus tem para conosco, quando suscita em nós uma saudade muito grande de estar em comunidade. Deus suscitando isto em nós, permite-nos compartilhar de uma comunhão muito grande.  Comunhão que acontece por um ato de fé, pois cremos no Cristo vivo e ressuscitado, e embora fisicamente estejamos distantes, estaremos sempre unidos. Cremos ainda que ele se revela todo domingo por meio da palavra, da eucaristia, de uma comunidade orante, por meio de um sacerdote, de um padre que embora seja frágil como qualquer ser humano, naquele momento da eucaristia é sinal de Cristo presente na Igreja.

            Este é o dia que o senhor fez para nós! Não há motivo de tristeza, pelo contrário nos revistamos de alegria, alegria do Cristo que venceu a morte e ressuscitou. Amém.

Escrito por: PE. MAURÍCIO